sexta-feira, 4 de março de 2011

Tordesilhas

Entendamos que nada é como parece ser.
A semântica da vida não é lapidada como todos pensam, mas sim bruta ao ponto de enganar a humanidade, como faz há séculos. E não, não há uma verdade infinita que sacie a fome feroz e veloz que conduz o homem ao seu buraco primordial.
E nenhuma vitória é obstante ao mundo. A guerra nada mais é que um jogo de ambiguidades racionais e pouco válidas.
E mesmo que no fundo nada realmente exista, tudo é uma questão de ponto de vista. E não, o homem não é o mais forte dos animais. O homem é apenas o animal mais faminto.
A consciência, então, é o maior e mais caro prato do jantar humano. Saboreá-la é a condição-prima da matéria antropológica, fato que parece aniquilar milhões de anos em dois segundos, pois poucas ou quase nenhuma papila gustativa soube exercer sua função até hoje.
Quase nenhuma? Toda nenhuma.
Tudo, absolutamente tudo continuará sendo condicionado ao ponto do qual se observa o mundo.








G' Stresser.

7 comentários:

  1. Adorei o texto, adorei a metáfora que você usou, hihi.
    Cada um tem uma verdade e cada cultura também. Nada absoluto, só essa fome.

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  2. Seus textos sempre me surpreenderam pela verdade nua e crua que é exposta sobre nós. E esse não é diferente. Gostei de cada linha, cada metáfora usada neste texto. Aqui exprime muito mais do que sua verdade, cada um tem a sua, mas você usou belamente. Muito bom.

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  3. Ainda acho que nós fantaseamos a verdade, que ela continua sendo uma só, nós é que inventamos outras coisas parecidas que são verossimilhantes, de acordo com o nosso gosto e a nossa vontade de ver.
    Interessante seu texto, muito bom!

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  4. Muito bom seu texto.
    Foi um pouco cru seu texto, não deu tempo de assá-lo aqui na caixola, ele foi logo entrando e se explicando por si só.
    Gostei bastante.

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liberdades saborosas