terça-feira, 15 de março de 2011



" Que a memória sagaz das coisas que me constroem não se apresente em pequenas e murchas palavras.
Não quero que o tempo amadureça minha presença. Que ela seja sempre afável criança nos ambulantes eternos e que o caos mundólatra não alcance meu –ainda- Intocado Sublime.
Que nenhum axioma me demonstre quão absoluta é a Vida. Que não seja uma questão de hormônio, euforia ou qualquer outra droga frívola. Que seja lúcido e lícito. Seja VIDA, bem ou não vivida, sacra ou sofrida, fluído ou matéria. Que seja.
Que transmutar-me esteja sendo aprazível e lúdico. Quanto mais movimento, menos gravidade.Quanto menos advento, mais felicidade.
Que com o equilíbrio me venha discernimento. Que ria a qualquer barranco, apague-me a qualquer errata.
E que busquemo-nos na felicidade mais pura e nobilíssima possível, fazendo com que tudo nos venha suave e saboroso. "



Uma salva de vidas.


Amém.







G’ Stresser.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Tordesilhas

Entendamos que nada é como parece ser.
A semântica da vida não é lapidada como todos pensam, mas sim bruta ao ponto de enganar a humanidade, como faz há séculos. E não, não há uma verdade infinita que sacie a fome feroz e veloz que conduz o homem ao seu buraco primordial.
E nenhuma vitória é obstante ao mundo. A guerra nada mais é que um jogo de ambiguidades racionais e pouco válidas.
E mesmo que no fundo nada realmente exista, tudo é uma questão de ponto de vista. E não, o homem não é o mais forte dos animais. O homem é apenas o animal mais faminto.
A consciência, então, é o maior e mais caro prato do jantar humano. Saboreá-la é a condição-prima da matéria antropológica, fato que parece aniquilar milhões de anos em dois segundos, pois poucas ou quase nenhuma papila gustativa soube exercer sua função até hoje.
Quase nenhuma? Toda nenhuma.
Tudo, absolutamente tudo continuará sendo condicionado ao ponto do qual se observa o mundo.








G' Stresser.