sexta-feira, 26 de março de 2010

Reconstatando


Há os longos, os curtos ou medianos. Há aqueles que naturalmente são louros, ruivos ou castanhos, ao passo que existem os que artificialmente são considerados como tais.
Há os que morrem sem perder a virgindade. Ou melhor, não há, porque cabelos não morrem: mesmo após o despejo do corpo, eles continuam vivos.
E meus fios brincalhões novamente resolvem crescer, e mais uma vez percebo que preciso cortá-los.
Voltar ao salão: cortar as falsas amizade, as falsas verdades.
Está na hora de voltar ao salão: rever. Reavaliar, reconsiderar e reconstatar.
Voltar ao salão: trazer de volta.
E saber, enfim, que os fios sempre crescem e sempre precisam ser cortados.
E concluir que sempre existirão cortes diferentes, pois o que seria do mundo se o rastafári fosse universal? E eu, no meu estilo, ainda prefiro cortar meu cabelo a cada dois meses, porque os fios brincam comigo e me fazem passar calor.
Algumas luas se passaram e meu eu está diferente. Agora me deixe ir, preciso ir ao salão que há em mim.





G’ Stresser.

2 comentários:

liberdades saborosas