sábado, 20 de fevereiro de 2010


‘Só mais duas horas pra eu decidir’.
E sem saber quando me fará uma visita, o Sol das Oito da Noite vai embora sem se despedir.
Agora, em ponto, onze horas e eu aqui.
E sem saber se fico ou se vou , continuo a escrever.
Meio poesia, meio texto maluco. O que me importa é tristeza da perda, o que vem à mente, a gente deixa transparecer.
E sem tempo pra pensar em fazer uma poesia bonitinha, continuo esperando a Volta do Sol das Seis da Manhã, afinal de contas eu cansei de acordar no breu das seis e trinta e seis. (Todos os dias. Dona Judite que o diga).
Afinal de contas, quatro minutos já se passaram e não são ‘só mais duas horas pra eu decidir’.
E eu sei que hoje nem posso passar a madrugada aqui.
Hoje não tem Curitiba Power.
Hoje não é madrugada de Jovem Idosos.
É uma madrugada do fim dos tempos ociosos, a volta do que desde o dia dezoito de um certo décimo mês me faz feliz e com vontade de viver.
É o sol das Oito da Noite que marcou um certo primeiro mês. E que os Rios de Janeiro levem suas águas pra bem longe até um certo desconhecido.
Que nas poucas boas lembranças dos dias passados eu tire a vontade pra me fortalecer.
Afinal de contas,
Nunca é tarde pra recomeçar.
E se no começo do ano não deu pras ondinhas eu pular
Que eu pule AGORA nas águas destas palavras.
E que as saudades do Sol das Oito da Noite apenas fiquem na memória como um momento da vida.
Porque tropeçar e levantar faz parte da vida. No fim quem sabe eu veja o tropeço como piada, no fim que eu dê uma gargalhada.
Para os que riram do tropeço, no fim da estrada todos terão um ralado no cotovelo.
E o que era pra ser poesia virou um texto meio pronto. Há dezoito minutos me encontro nas palavras. No jogo de combinações do vai e vem das letras perdidas saem idéias e casamentos.
E um dia eu entendo porque será que o Sol das Oito da Noite tem de ir embora.

E que vá com deus e aqui eu fico agora. Porque pra mim o Horário já morreu. A lua tomou o lugar do Empíreo enquanto estava na missa, e mesmo que se estivesse enxergando não poderia ver tamanha beleza.

E pensando na vida, na tarde de beleza, percebi que a saudade é em vão. O que fica é o doce sentimento da vontade de um dia reencontrá-lo.

Assim vai ser melhor.

A propósito, ‘ são só mais trinta minutos pra eu decidir’.










G’ Stresser.

5 comentários:

  1. Outro texto belíssimo, a própria fusão dos gêneros, lírica narrativa ou prosa poética? Tanto faz, o que importa é o imenso prazer que a leitura causa... Parabéns!!!

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  2. Estamos nos movendo pelo tempo ou é ele que se move através de nós? Falo assim, pois o tempo continua a se mover através de mim. Um salve... :)

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liberdades saborosas